Sim! Faltam só 26 dias, e serão 26 dias super (hiper, mega, ultra) complicados. Provas de faculdade e trabalho (vou tentar ficar na empresa até dia 28/11) estão, por enquanto, tomando conta da minha cabeça quase que por completo, mas essa viagem teima em tentar me desconcentrar.
Tá difícil, bicho.
Muitas coisas a serem resolvidas e o tempo é curto, curtíssimo.
Dia 07/12/08 partirei rumo à Tampa no estado da Flórida. Esse será meu primeiro Work Experience, não faço idéia do que me espera, a ansiedade está cada dia mais forte. Dormir está se tornando cada dia mais difícil, mas acredito que toda esse nervosismo pré-embarque venha a ser recompensado durante esse período.
Essa história de Work Experience caiu meio que de páraquedas no meu colo. O Diego, um amigo meu, veio contando uma história de um amigo dele que tinha acabado de voltar, cheio dos eletrônicos e com um pouco de dólares sobrando e tals, ai interessou a nós dois e ao Peralta(outro amigo). Corremos rapidamente atrás de informações sobre as empresas que faziam o programa. Depois de uma rápida pesquisa na internet, encontrei algumas agências de intercâmbio. Mandei e-mail e visitei algumas delas como a World Study, a STB e finalmente a IE, que é a empresa pela qual eu irei.
O Diego e o Peralta desistiram de fazer o WE (vou abreviar sempre que quiser dizer Work Experience), por motivos pessoais (cada um tinha o seu, óbvio).
Meio bolado por causa disso eu pensei em desistir, pensei que pra passar perrengue sozinho ia ser muito complicado, mas no fim das contas conversei com várias pessoas e vi que seria uma oportunidade única e decidi que ir seria a melhor opção.
Me inscrevi então na modalidade Job Fair, onde os empregadores americanos participam de uma grande feira de contratação de estudantes brasileiros participantes do programa. Nessa modalidade você escolhe 5 empregadores de uma lista para conseguir vaga para falar com UM, sim apenas um de uma lista de uns 30. Fiz minhas 5 opções e aguardei, a feira seria dia 20 de julho, e quando fiz a lista era início de junho.
Um belo dia, ligam para meu celular, era o consultor da IE dizendo que todos os horários já estavam ocupados e seria difícil (quase impossível segundo ele), me colocar para ser entrevistado.
Depois de longa conversa com meus pais e com minha namorada, decidi mudar para a modalidade Placement. Nessa modalidade você escolhe 5 opções de uma lista e os consultores mandam seu application para eles, os que se interessarem te mandam uma Job Offer (que é a oferta de trabalho) e todos ficam felizes.
Maaaaas, como em se tratando de Vitor nada é normal, NENHUM empregador me contratou. A primeira empresa que pegou meu curriculo para avaliação não o liberou para que as demais empresas da minha lista pudessem vê-lo, como o envio é feito por ordem de preferência eu dependia de uma rejeição deles para que os outros empregadores pudessem avaliá-lo.
Conclusão, estava eu de novo sem Job Offer, triste e solitário.
Decidi mudar para a modalidade Self Placement ou Independent (essa era minha última opção), nessa modalidade é o próprio participante que corre atrás de seu emprego e de sua tão sonhada Job Offer.
Entrei no site do CCUSA(que é o orgão americando que a IE representa) e comecei a mandar meu curriculo para as empresas que estavam participando do processo de seleção, mas só conseguia respostas do tipo "Unfortunately, we are no longer accepting applications for J1 positions. These positions have all been filled for the coming ski season." . Decidi então ir de Walk In, que é como chamam os que vão sem emprego e tentam arrumar quando chegam ao destino. Escolhi a cidade de Park City, no estado de Utah para morar e trabalhar na temporada, essa região possui ótimos salários e grande oferta de emprego para quem chega cedo. Não sabia que iria entrar em outra furada, aluguéis altíssimos e grande dificuldade de arrumar casa já estavam me fazendo desistir da viagem, não via solução para esse problema. Não conseguia arrumar moradia de jeito nenhum.
Enquanto tentava arrumar casa em Park City não parei de tentar em outros lugares.
E essa foi a minha sorte.
Mandei meu profile para o Subway de Tampa, sem acreditar que daria em alguma coisa. Já estava chateado demais para alimentar esperanças hehe.
Na terça-feira 21 de outubro, às 23:00 hrs minha mãe aparece desesperada com o telefone na mão na porta do meu quarto e gritando:
- ESTÃO FALANDO EM INGLÊS!!! ATENDEEEE ESSA PORRAAA!!!!
Atendi mesmo sem acreditar, porque não havia tido nenhuma notícia de que o empregador ligasse para dar Job Offer, mas nesse caso foi diferente, o cara ligou perguntando se eu realmente queria a Job Offer, falou que conhecia o Brasil e que todo ano contratava brasileiros para trabalhar no ser restaurante Subway que ele tem e que eles possuiam uma casa para abrigar as pessoas que iriam trabalhar no restaurante, ou seja, todos os problemas foram solucionados numa ligação.
Na mesma hora aceitei e ele me enviou a Job Offer pela internet.
Dormir, a partir daquele dia, tem sido uma das coisas mais difíceis que eu tenho feito. A ansiedade é enorme e só faz aumentar a medida que os dias avançam.
Agora só me resta esperar e tentar fazer bem o que eu tenho que fazer antes da viagem.
Depois volto pra contar como foi no consulado.
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4 comentários:
É campeão, ficar 3 meses num lugar desconhecido com pessoas ainda mais desconhecidas não vai ser fácil, mas vai passar rápido e vai dar pra você ganhar um troco manero, além de ser uma "work experience". (isso foi um trocadilho infeliz)
As noites de sexta-feira no Koska não serão mais as mesmas. Mas não se esqueça de uma coisa cara: leva um casaquinho que lá faz frio.
abração
hauhauahuhua.. a parte da sua mãe falando, foi a melhor!! mto legal o blog vitor!
haja sanduíche do Subway durante esses três meses!! ... hehehe ... prepara uns pra viagem e trás pra gente aqui ... to cansado de comer pão com mortadela!! .. hahha .. essa viagem vai ser foda cara!!
Muito bom o blog, rapaz...
Vou tentar acompanhar!
Eu sei mais ou menos o que isso de tentar, tentar, tentar e nada... aí do nada aparece uma job offer! Muito boa a sensação!
Boa sorte no WE!
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